A importância do diagnóstico de enfermagem na prática
Desde a chegada até a saída de um paciente de um ambiente hospitalar, diversos protocolos precisam ser realizados, como o acolhimento, triagem, consulta e, eventualmente, a alta. No entanto, dentro desses protocolos, existem padrões utilizados que facilitam a vida de quem trabalha na área, como o Processo de Enfermagem. E dentro dele existe o Diagnóstico de Enfermagem, conhece?
O diagnóstico dentro dos Processos de Enfermagem
O Diagnóstico também é conhecido como etapa fundamental do Processo de Enfermagem (também conhecido como PE).
Nele, existem 5 etapas e cada uma possui seu embasamento teórico e prático. São elas: Coleta de dados ou Histórico de Enfermagem, Diagnóstico, Planejamento de cuidados, Prescrição e Evolução de Enfermagem. Assim sendo, o processo de enfermagem representa o caminho a ser trilhado para alcançar o objetivo final.
Para que o Processo de Enfermagem funcione da melhor forma possível, cada etapa precisa ser realizada de forma completa e padronizada. O Diagnóstico sucede a etapa da Coleta e precede a etapa do Planejamento, ou seja, ele depende diretamente do que é obtido e realizado na hora da Coleta e impactará todo o processo de Planejamento. Como dito anteriormente, todas as etapas funcionam de maneira interligada e dependente, o que torna tão importante seguir os padrões e a seriedade do trabalho da Enfermagem.
Afinal, o Diagnóstico é apenas uma parte do Processo de Enfermagem? Como o enfermeiro deve fazer o Diagnóstico de um paciente? Falamos mais sobre o assunto abaixo. Acompanhe!
O que é Diagnóstico de Enfermagem? Veja exemplos
O Diagnóstico nada mais é que a aplicação dos conhecimentos técnicos e práticos da Enfermagem para interpretar e fazer a leitura correta das informações obtidas através de um processo direto com o paciente, chamado de Coleta, ou analisadas a partir do Histórico. Em outras palavras, o Diagnóstico é um termo comum para descrever o estado vital de um paciente.
Existem diversos sistemas de classificação de diagnósticos de enfermagem, sendo o NANDA International (North American Nursing Diagnosis Association) um dos mais reconhecidos.
Abaixo, você confere exemplos de diagnósticos de enfermagem segundo a NANDA:
- Déficit no autocuidado relacionado à mobilidade reduzida - Exemplo: Paciente com fratura no fêmur que apresenta dificuldades em realizar atividades básicas como tomar banho e vestir-se.
- Risco de infecção relacionado à presença de ferida cirúrgica - Exemplo: Paciente com uma incisão cirúrgica recente que apresenta sinais de infecção no local.
- Ansiedade relacionada a procedimento cirúrgico iminente - Exemplo: Paciente agendado para cirurgia que demonstra nervosismo e inquietação.
- Nutrição desequilibrada: ingestão inferior às necessidades relacionada à falta de apetite - Exemplo: Paciente com câncer em tratamento que apresenta perda de apetite e perda de peso.
Quais são os tipos de Diagnóstico de Enfermagem?
Agora que você já sabe qual a função do Diagnóstico, está na hora de também saber os tipos possíveis de serem realizados. São catalogados 4 tipos de diagnósticos de Enfermagem, sendo que eles são separados nas seguintes categorias: Diagnóstico com foco no problema, Diagnóstico de risco, Diagnóstico de promoção de saúde e Síndrome. Cada qual analisa questões específicas e atua de forma singular, apesar de padronizada. Esses são exemplos de Diagnóstico de Enfermagem!
O que colocar no Diagnóstico de Enfermagem?
O Diagnóstico de Enfermagem ideal vai muito além de apenas o que deve ser preenchido. Evitar erros comuns e saber quais são as informações relevantes é essencial também. Assim, é importante saber à risca as informações essenciais desde a Coleta para que as etapas sejam realizadas corretamente e o Processo de Enfermagem dê o resultado esperado.
Você com certeza encontrará alguma página ou site com alguns exemplos de Diagnóstico de Enfermagem prontos, mas a partir do momento que você começa a praticar e obtém experiência, isso vai se tornar um processo mais intuitivo.
Aqui está um breve passo a passo para você montar o seu Diagnóstico:
Coleta de dados/Histórico de Enfermagem:
Também conhecida como primeira etapa do Processo de Enfermagem, é na Coleta que é realizada a inspeção do paciente. Seja por anamnese ou por exame físico, o profissional precisa realizar essa parte com maestria para que o restante do processo seja feito com sucesso.
Ao obter o máximo de informações possíveis a respeito do quadro clínico geral do paciente, mais completo será o documento para os próximos passos e etapas do Processo de Enfermagem. Desde aspectos físicos aparentes até nuances emocionais escondidas são importantes.
A anamnese (ou entrevista) pode contar com diversos aspectos e curiosidades sobre o paciente através de um bate-papo amistoso, porém profissional por parte do enfermeiro. E o exame físico precisa contar com análise do básico das necessidades humanas, como: temperatura, respiração, desconfortos físicos, estado da pele, batimentos cardíacos (pulso) além da conferência dos sentidos (olfato, visão, tato, audição e paladar), entre outros.
Compilação de dados e análise:
Com os dados da Coleta em mãos, é necessário transformá-los em Diagnóstico. O processo por si só pode parecer simples, mas apenas um profissional com conhecimento e experiência sabe conectar os pontos decisivos usando seu estudo para interpretar os dados e exames da melhor maneira possível.
Ao identificar padrões, vícios e diálogos é possível ir além e até mesmo identificar padrões comportamentais. Como você já viu, cada etapa do PE é essencial e não deve ser apressada, ou seja, mesmo que você tenha prática, nunca subestima a leitura e a atenção aos detalhes coletados. Repasse os dados da anamnese e do exame físico para se certificar de que o seu diagnóstico é o mais preciso possível.
Escolha do Diagnóstico:
Aplicando a padronização da NANDA-I, é possível selecionar o seu diagnóstico. Ou seja, você consegue classificar em etapas. Cada diagnóstico é composto por três partes: o problema (ou alteração de saúde), a etiologia (ou fatores contribuintes) e os sinais e sintomas (ou características definidoras).
Importante ressaltar que é possível não chegar no resultado logo de primeira. Nesse caso, é importante estudar novamente o caso e, se necessário, reavaliar suas escolhas de segmentação por meio da NANDA. Por mais que seja retrabalho, o importante é zelar pela saúde e o bem-estar do paciente.
Finalize a construção do diagnóstico com um enunciado determinante:
Ao final desta análise e com certeza dos resultados, é importante finalizar o diagnóstico com pelo menos uma frase determinante do que há de problema (quando há), a causa, o gatilho (se houver) e a resolução, seja através do aconselhamento de exames ou da prescrição de medicação.
Como você pôde perceber, grande parte do sucesso reside no estudo e no conhecimento a nível profissional do profissional de enfermagem. No entanto, se existe alguma coisa que complementa o conhecimento de forma impecável, essa é a experiência.
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