Como fazer o dimensionamento da enfermagem da forma certa
Um dimensionamento de enfermagem correto é essencial para o funcionamento eficaz das equipes de saúde. Ele envolve garantir a quantidade ideal de profissionais para atender às necessidades de cuidados dos pacientes em cada unidade de saúde.
Afinal de contas, a falta de funcionários compromete a qualidade do atendimento, enquanto o excesso resulta em desperdício de recursos. É importante seguir as diretrizes legais e adotar uma metodologia que otimize a eficiência da equipe de enfermagem e promova os cuidados adequados para os pacientes.
O que é um dimensionamento de enfermagem?
Em linhas gerais, o dimensionamento de enfermagem é o processo de determinar a quantidade ideal de profissionais de enfermagem necessários para atender às demandas de cuidados de saúde em uma determinada unidade ou serviço.
Essa avaliação considera diversos fatores como o número de pacientes, a gravidade de seus quadros clínicos, as atividades a serem realizadas e as características da equipe de enfermagem.
A importância desse dimensionamento reside na garantia de uma assistência de qualidade e segura aos pacientes, evitando sobrecarga de trabalho para os profissionais e minimizando riscos de eventos adversos. Um dimensionamento adequado contribui para o equilíbrio entre a oferta e a demanda de cuidados de enfermagem, promovendo eficiência, eficácia e satisfação tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde.
Como é feito o dimensionamento da enfermagem?
O que o dimensionamento de enfermagem e o Coren tem a ver? Na prática, esse cálculo é realizado com base em parâmetros estabelecidos pela legislação e normativas do Conselho Regional de Enfermagem e Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).
O processo considera fatores como o número de pacientes, complexidade dos casos, tipos de cuidados requeridos e carga horária da equipe. O COREN e o COFEN fornecem diretrizes para o cálculo, indicando proporções mínimas de profissionais de enfermagem por leito ou paciente, de acordo com a gravidade e particularidades do atendimento. Essas normativas visam garantir a qualidade e segurança da assistência, evitando sobrecarga de trabalho e assegurando a adequação do quadro de pessoal às necessidades assistenciais.
Como realizar um dimensionamento?
Para realizar o dimensionamento da enfermagem, siga este passo a passo:
- Levantamento de dados: coleta de informações sobre a unidade de saúde, como número de leitos, perfil dos pacientes e tipos de procedimentos realizados.
- Análise das normativas: consulta às diretrizes do COREN e COFEN para conhecer as proporções mínimas de profissionais por paciente ou leito.
- Definição dos parâmetros: estabelecimento de critérios como carga horária, complexidade do atendimento e turnos de trabalho.
- Cálculo do quadro de pessoal: aplicação das fórmulas e indicadores recomendados pelas normativas para determinar o número ideal de enfermeiros e técnicos de enfermagem necessários.
- Revisão e ajustes: Avaliação periódica do dimensionamento para verificar se está adequado às demandas assistenciais e realizar ajustes conforme necessário.
Veja as diretrizes do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) para o dimensionamento mínimo diário do quadro de profissionais de enfermagem:
Durante as 24 horas de assistência:
a. 4 horas de enfermagem por paciente para cuidado mínimo;
b. 6 horas de enfermagem por paciente para cuidado intermediário;
c. 10 horas de enfermagem por paciente para cuidado de alta dependência;
d. 10 horas de enfermagem por paciente para cuidado semi-intensivo;
e. 18 horas de enfermagem por paciente para cuidado intensivo.
A distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem deve observar:
a/b) Para cuidado mínimo e intermediário: 33% enfermeiros (com no mínimo 1 enfermeiro em cada turno) e os demais auxiliares e/ou técnicos de enfermagem;
c) Para cuidado de alta dependência: 36% enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem;
d) Para cuidado semi-intensivo: 42% enfermeiros e os demais técnicos de enfermagem;
e) Para cuidado intensivo: 52% enfermeiros e os demais técnicos de enfermagem.
É importante levar em conta também variáveis, como centro cirúrgico e central de esterilização, e os perfis dos pacientes. Além disso, o responsável técnico de enfermagem deve reservar no mínimo 5% do quadro geral para cobertura de rotatividade de pessoal e participação em programas de educação permanente.
Aliás, o dimensionamento de enfermagem centro cirúrgico considera a Classificação da Cirurgia, as horas de assistência segundo o porte cirúrgico, o tempo de limpeza das salas e o tempo de espera das cirurgias. Para esse cálculo, devem ser considerados:
I - Como horas de enfermagem, por cirurgia no período eletivo:
- 1,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 1;
- 2,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 2;
- 4,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 3;
- 8,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 4.
II - Para cirurgias de urgência/emergência, e outras demandas do bloco cirúrgico (transporte do paciente, arsenal/farmácia, RPA entre outros), utilizar o Espelho Semanal Padrão.
III - Como tempo de limpeza, por cirurgia:
- Cirurgias eletivas - 0,5 horas;
- Cirurgias de urgência e emergência - 0,6 horas.
IV - Como tempo de espera, por cirurgia:
Viu só como esses números precisam ser acompanhados de perto? É por isso que o dimensionamento de enfermagem e a calculadora andam de mãos dadas na hora de garantir o quadro correto de profissionais.
De quem é a responsabilidade de realizar o dimensionamento na enfermagem?
A responsabilidade de realizar o dimensionamento na enfermagem recai sobre os gestores e coordenadores de enfermagem de cada instituição de saúde.
Eles devem seguir as diretrizes estabelecidas pelos conselhos, conforme indicado anteriormente. É fundamental que os gestores estejam familiarizados com essas normativas e apliquem métodos adequados para calcular o quadro de pessoal de forma a garantir uma assistência de qualidade e segurança aos pacientes.
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